A enfermagem forense é uma ciência forense que trabalha em prol das vítimas, não pode ser uma forma de atingir fama e poder. A luta tem que ser pela qualidade de cuidados à vítima, e não para ver quem manda mais e quem tem mais influência. Já partilhei com a minha mãe Virgínia Lynch a minha preocupação e tristeza com o que se passa com a enfermagem forense em determinados locais, onde serve tudo para obter lucro, para aparecer nas redes sociais, para ser falado, tudo em prol de algo que não faz sentido. Ver coisas escritas apenas para fama, não obrigado!!! Ver colocarem funções que não são compatíveis com a realidade como áreas de atuação da enfermagem forense. Não obrigado!
Os enfermeiros forenses não são CSI Nurse, ver enfermeiros a intitularem-se de tal deixa-me a pensar que os conceitos transmitidos estão completamente errados. Ver formações de 20h a darem títulos de enfermagem forense é simplesmente inconcebível é inaceitável. Há muito a fazer e torna-se muito perigoso banalizar a enfermagem forense apenas para interesse pessoal em prol da fama e poder. Vamos respeitar o conceito criado pela Virgínia Lynch e trabalhar com competência, conhecimento e em colaboração com os outros. A enfermagem forense não é autónoma, é interdisciplinar e requer articulação com a medicina legal, o direito e a investigação criminal. Outro ponto que me deixa sem palavras é a falta de formação de quem tem responsabilidade de dar o exemplo. Só poderá ensinar os outros quem estudou para adquirir conhecimento e competência. A enfermagem forense requer teoria e prática. As pessoas devem fazer a sua escolha, ou trabalhar de forma séria em prol das vítimas e ser enfermeiro forense, ou então trabalham em prol da fama e do poder e nunca serão enfermeiros forenses, porque nunca serão reconhecidos como tal pelos pares e pelos verdadeiros profissionais. A escolha é sua!!!!!!
