domingo, 15 de dezembro de 2019

Violencia Interpessoal








sábado, 7 de dezembro de 2019

PEDOFILIA NO ÂMBITO INTERNET

Hacker – individuo com conhecimentos profundos de sistemas operacionais e linguagens de programação que conhece as falhas de segurança dos sistemas
Cracker – mesmas características do hacker, mas utiliza os seus conhecimentos para cometer crimes.
Preaker – especializado em obtenção de ligações telefónicas gratuitas e instalações de escutas.
Guru – individuo com conhecimentos superiores e grande domínio sobre todos os sistemas.
Crimes praticados no ciberespaço:
·      Crimes contra a honra
·      Racismo
·      Intercepção de correspondência 
·      Violação de direitos artísticos
Pedofilo – pessoa que reiteradamente sente atração sexual por crianças que tem fantasias sexuais envolvendo menores.
O processo de investigação  e prisão de pessoas envolvidas em exploração sexual de menores é bastante lento, porque depende do desenvolvimento das tecnologias.
Perfil do pedófilo que utiliza a internet:
·      Homem mais velho
·      Não se satisfaz com a pornografia adulta convencional, procura outras formas de se satisfazer.
·      Muitas vezes homens solteiros ou divorciados
·      Vivem em certo isolamento
Os pedófilos criam falsos perfis como se fossem crianças, entrando em comunidades informáticas onde trocam informações com os menores. Facilmente conseguem o endereço e telefone das vitimas para quem também começam a mandar fotos de sexo entre adultos e crianças.
Para conquistar a atenção dos pequenos internautas, enviam imagens pornográficas de personagens de desenhos animados e filmes infantins. Outra forma é a divulgação de anúncios de falsas agencias de modelos infantins que na verdade são aliciadores de crianças a serem usadas na propagação da pedofilia.
Perigos na internet:
·      Dados pessoais na página de perfil
·      Apropriação de identidade
·      Imagens
·      Ciberbullying
·      Ausência do controlo efetivo da idade.
Cuidados a ter:
·      Não fornecer dados pessoais
·      Não aceitar pedidos de amizade se o conteúdo da página é estranho
·      Não responder a comentários ou conteúdos ofensivos
·      Colocar perfis como privados
·      Aceitar apenas utilizadores que conhece
·      não aceitar  conhecer os amigos virtuais
·      Cuidado com as fotografias e com os vídeos.
Predadores online modo de atuação – os predadores estabelecem contacto com crianças através de:
·      Conversas em salas de chat
·      Mensagens instantâneas
·      Correio eletrónico
·      Formas de debate
Os predadores tentam seduzir os seus alvos através da atenção prestada. Os predadores estão a par das musicas e dos passatempos mais recentes. Ouvem os problemas das crianças e mostram empatia com elas. Avaliam as crianças que conhecem online.
Jovens mais vulneráveis tendem a ser:
1.     Novos na atividade e desconhecedores das normas e condutas na net
2.     Utilizadores agressivos de computadores
3.     Do tipo que gosta de experimentar atividades novas e excitantes na vida
O pedófilo pode levar 2 anos para chegar à sua vitima. O objetivo fundamental do pedófilo é seduzir, convencer a criança ou adoslecente. 


ABUSO SEXUAL: MITOS E ERROS

      Numa altura que qualquer pessoa acha que ser enfermeiro forense é comprar uma formação e já está.. Numa altura que qualquer pessoa acha que pode comentar, dar formação, falar em congressos sobre abuso sexual, mesmo que nunca tenha visto uma vitima, mesmo que não tenha qualquer experiência profissional. Numa altura que quem trabalha na justiça tem desconhecimento cientifico desta área, ficam aqui algumas dicas.
1. Tamanho do pénis – tipicamente a alegação é de que o tamanho do pénis do agressor é de um tamanho que impossibilita que o ato ocorra, e se ocorrer penetração é produzida uma lesão substancial nos tecidos. Quais os fatos: no adulto os orifícios são distensíveis. Se não existir uma patologia de base, os orifícios tem elasticidade para que ocorra penetração. Não existem dados que sugeriram que existe uma relação entre o pénis flácido e ereto, e que possam provocar danos. A medição do pénis ereto durante o ato é   irreal.
2.     Teste de impotência – uma defesa corrente nos casos de alegada penetração é que o agressor que não consegue ter ou manter uma ereção, o ato de penetração não pode ocorrer. Existem um número de condições físicas e psicológicas que podem resultar em disfunção eréctil temporária ou permanente. As patologias orgânicas incluem: doença vascular, patologia hormonal e disfunção neurológica
    A realidade: existe um leque de condições médicas que não produzem sistematicamente impotência. A ausência de ereção perante uma observação ou pedido médico não faz o diagnostico. A ausência de uma ereção com um parceiro regular não é diagnostico de impotência.
3.     Orgasmo – Um argumento usado na defesa de alegado abuso sexual é a evidencia de ter ocorrido um orgasmo, indica que ocorreu abuso. Os vários estudos indicam que tanto nos homens como nas mulheres pode ocorrer orgasmo durante uma atividade sexual não consensual. Esta ocorrência não pode ser usada como confirmação do consentimento da vítima.  Deve ter-se presente que é um fenómeno pouco reportado precisamente porque a vítima fica surpresa pelo fato de ter acontecido o evento e que os outros podem achar que ela aceitou o abuso ou que gostou.
4.     Teste da virgindade – Hoje em dia é aceite que o hímen é um marcador pobre para a atividade sexual em raparigas menstruadas. Os hímenes podem ser elásticos e complacentes. A prática de teste pode ser considerado uma violação dos direitos humanos.
5.     Abuso sexual de crianças – A maior parte dos casos não aparecem evidencias físicas de abuso. A base da acusação assenta essencialmente no testemunho e na história. 
6.     Outras práticas – a classificação de Tanner hoje é tida como uma avaliação com erros e não constitui uma avaliação fidedigna da idade da criança.
A manipulação digital do ânus e vagina cada vez é menos usada, o seu valor é muito limitado. Não existe indicação formal para este tipo de manipulação porque o tónus não é válido para interpretação de abuso.

sexta-feira, 29 de novembro de 2019



quinta-feira, 28 de novembro de 2019









INJURIES/WOUNDS ASSOCIATED WITH SEXUAL ASSAULT AND RAPE

Introduction
Every rape or sexual assault is different.  The victims, perpetrators, occurrences, reactions, injuries, and every other detail are all unique to each situation.  For this reason, it is hard for anyone to make a standard protocol for dealing with a victim of rape or sexual assault.  Therefore, rather than have a standard protocol, it may be better to make every examiner aware of trends and know to look for anything that is suspicious, whether it is a trend or not.  Each aspect named above has trends that a nurse examiner should be aware of.  For example, there are a number of reactions that victims experience that appear in many cases.  Because these reactions occur more often then others, it is vital for an examiner to be aware of these reactions and how to deal with them.  But it is also important that examiners keep open minds to any kind of reaction, so they do not find themselves stumped when they are faced with an uncommon reaction.   This same theory applies to any of the aspects above, and throughout nursing in general.  It may be wrong to say that any wound or injury is common for a sexual assault or rape victim to experience, but there are many kinds of wounds that are important for a nurse examiner to look for, because they occur more often. If a victim has any of these wounds or other less common ones, it will be critical to document and collect evidence from them to provide a more thorough investigation. Although not all sexual assault or rape victims have physical injuries, it is important for nurse examiners to be aware of many common wounds that are associated with sexual assault and rape, so they can more easily recognize them. 








segunda-feira, 25 de novembro de 2019



quinta-feira, 26 de setembro de 2019



sábado, 31 de agosto de 2019


Não deixa de ser curioso que existam pessoas que se achem peritos para falar de competências em enfermagem forense, quando não tem idoneidade científica e profissional. Bem em bom rigor devem achar que basta fazerem copy and paste e está feito. Por outro lado destroem o trabalho feito por outros apenas porque não conseguem vencer na vida, a não ser usado e traído quem lhes deu a mão. O tempo mostra tudo, e a sua falta de honestidade intelectual acaba por ser visível em todos os aspetos....... 

sexta-feira, 9 de agosto de 2019

Academia Americana Ciências Forenses


Uma situação caricata. Uma pessoa coloca como apresentação do seu CV que é membro da Academia Americana de Ciências Forenses. Trata-de efetivamente da mais importante academia Forense, mas colocar como carro de visita que é membro, apenas demonstra que se trata de alguém falta de muita coisa. Eu também sou membro desta academia desde 2013, assim como sou membro de outra academias, mas nunca apresentei como cartão de visita ser membro da AAFS.... só me resta dizer, que tristeza..... 

quarta-feira, 29 de maio de 2019

31 de Maio no Porto



terça-feira, 14 de maio de 2019



segunda-feira, 8 de abril de 2019









sábado, 30 de março de 2019












Enfermagem Forense




quinta-feira, 14 de março de 2019

NEUROBIOLOGIA DA AGRESSÃO SEXUAL

O corpo humano reage à agressão sexual muitas vezes de formas contraditórias. Entender o efeito do trauma no cérebro e no corpo pode ajudar os juízes a entender as reações das vítimas. É importante que juízes, advogados, agentes da lei e outros profissionais que trabalham com vítimas, compreendam a neurobiologia de eventos traumáticos, como a agressão sexual e a violência doméstica, para que possam colocar o comportamento das vítimas no contexto adequado. 
Trauma e medo causam mudanças específicas de curto e longo prazo no cérebro que afetarão o comportamento da vítima. Quando esse comportamento não é consistente com o esperado, a veracidade da vítima pode ser questionada. Comportamentos como versões inconsistentes de eventos, falta de expressões faciais e uma falta aparentemente incompreensível de resistência ao ataque, podem causar dúvidas quanto à versão dos eventos da vítima. Estudos sobre a neurobiologia da agressão explicam as causas por trás desses comportamentos, que são comumente vistos em sobreviventes de agressão sexual.
A maior parte das pesquisas sobre a neurobiologia da agressão sexual são realizadas em sobreviventes adultos que sofreram agressões em crianças. Embora a agressão sexual possa acontecer em qualquer idade e em qualquer gênero, a maioria das vítimas é do sexo feminino (82% de todas as vítimas juvenis e 90% das vítimas adultas). Os estudos atuais começam a centrar-se nas características únicas que podem encontrar-se nas vítimas mais velhas. Em primeiro lugar, o abuso sexual repetido, causa danos traumáticos ao cérebro, e portanto, uma vítima idosa pode ter sofrido abuso quando era mais jovem, ou pode sofrer abuso contínuo, devido à incapacidade de denunciar o abuso causado por um comprometimento expressivo da comunicação. 
As vítimas mais velhas têm maior probabilidade de apresentar Transtorno de Stresse Pós-Traumático, possivelmente devido a uma redução na resiliência. Alguns estudos analisam o efeito deste tipo de trauma em indivíduos com deficiências cognitivas (que podem afetar algumas vítimas idosas), particularmente em casas de repouso. 
É importante analisar o impacto que o trauma apresenta sobre o hipotálamo e a glândula pituitária, e como isso afeta os níveis hormonais, os níveis de cortisol, a codificação, a resposta e a memória. O hipotálamo ou centro de comando, notifica a glândula pituitária de que está a ocorrer um ataque traumático. A glândula pituitária, por sua vez, notifica a glândula adrenal de que um evento traumático está em curso e que existe necessidade da libertação de hormonas para ajudarem o corpo a responder ao evento traumático. Os principais produtos químicos são libertados em face do trauma, onde se inclui a adrenalina e o cortisol, para ajudarem na resposta de luta ou fuga, os opiáceos ou a morfina natural para aliviar a dor, e a ocitocina para aumentar os sentimentos positivos.
Estes produtos químicos podem ser libertados simultaneamente, de modo que, além da resposta de luta ou fuga, a vítima pode apresentar uma resposta de congelamento. Os opiáceos e a ocitocina ajudam o corpo e a mente a sobreviver ao ataque através de um efeito entorpecedor. Esta resposta congelada que pode ocorrer durante uma agressão traumática, significa que algumas vítimas ficam literalmente paralisadas de medo por uma condição neurobiológica conhecida como “imobilidade tónica” ou “paralisia induzida por violação”. A taxa de vítimas de agressão sexual que foram afetadas por essa paralisia no  momento da agressão pode chegar a 50%. Porque as vítimas eram incapazes de mover os seus membros, tornou-se impossível para elas contra-atacar, pois estavam literalmente paralisadas ​​pelo ataque devido à “resposta autónoma” do corpo. 
As repetidas agressões podem ter um efeito cumulativo na vítima, o que pode levar a que esta não consiga codificar a informação no contexto ou sequência correta, apresentando apenas fragmentos sensoriais intensos que podem reaparecer periodicamente em pesadelos ou em sons ou cheiros específicos. As vítimas que tenham sofrido agressões sexuais anteriores, podem entrar em modo de congelamento muito mais rapidamente, e portanto, não conseguem relembrar o incidente na sequência adequada. Com o passar do tempo, a vítima pode-se lembrar dos eventos de forma mais organizada. O problema é que quando as vitimas são entrevistadas imediatamente após o incidente e depois passados alguns dias/horas, as entrevistas podem ser inconsistentes devido às respostas de codificação e sequenciamento, que são afetadas pela libertação dos opiáceos naturais. Essa inconsistência é usada para questionar a veracidade do que a vitima relata.
Uma das estratégias nestes casos assenta em esperar alguns dias para realizar a entrevista. As vitimas podem apresentar alterações na expressão facial que indiquem ausência de afeto e emoção. Isto é causado pelo cérebro quando liberta opiáceos durante o evento traumático, o que leva a um efeito entorpecedor, de modo que a vítima parece excessivamente calma, em vez de se apresentar “histérica”. À medida que o efeito entorpecente desaparece, as vítimas podem começar a colocar os eventos numa sequência, mas também podem começar a sentir a dor física e psicológica que o corpo essencialmente bloqueou.
Ao compreender o efeito do trauma no cérebro e no corpo, o comportamento e as respostas exibidas pelas vítimas começam a fazer mais sentido. Enquanto se pode esperar que uma vítima chore e seja histérica, algumas vítimas podem estar excessivamente calmas e até adormecidas devido à libertação de opiáceos naturais. As histórias da vítima podem mudar com o tempo devido a défices de codificação e sequenciamento provocados pela libertação de hormonas no corpo. Finalmente, é importante estar ciente que existe a possibilidade da vítima ter ficado literalmente paralisada pelo medo e não ter conseguido mover os seus membros. O sistema de justiça criminal não deve ser um lugar onde as vítimas de abuso sexual são revitimizadas devido à falta de compreensão da neurobiologia básica do tra

sábado, 2 de março de 2019

Neurobiologia do trauma e a memória

Ainda sobre a neurobiologia do trauma, o processo de memória é afetado pelo trauma. O hipocampo processa informação em memórias. Existe uma codificação para organizar a informação sensorial, e uma consolidação que vai agrupando as informações em memórias e armazena-las. A amígdala é especializada no processamento de memórias emocionais, trabalhando com o hipocampo e ambas as estruturas são muito sensíveis às flutuações hormonais. As memórias ficam fragmentadas e a ativação da memória pode ser imprevisível e traumática. As alterações neurobiologicas podem dificultar a consolidação da memória, a história do que aconteceu pode sair fragmentada ou “esboçada”, o que pode levar a más interpretações como resposta evasivas ou mentira. Todo o contacto que é feito com a vítima pode ser uma oportunidade para ajudar ou então danificar mais. Como poderemos perceber estas alterações neurobiologicas, podem levar a que a vítima entre num ciclo de atrito. “A vítima não faz sentido, a sua história não faz sentido” o que pode  levar a investigação a não acreditar na vítima, o que leva a vitimização secundária do sistema, a vítima irá perder confiança e a investigação poderá arquivar o caso, ou a vítima recusar manter o processo. Esta vítima pode chegar ao serviço de urgência e não conseguir dar uma história coerente, a vítima pode ser interrogada pela polícia e ter dificuldade em relatar com precisão o que se passou e pode ser interrogada por um juiz ou advogado e ter a memória muito fragmentada. Esta fragmentação da memória pode também levar à fragmentação da história. A ciência forense tem que trabalhar com estas razões neurológicas para abordar as vítimas de violência interpessoal.

neurobiologia do trauma

gostaria de deixar aqui uma análise científica do que acontece a muitas vítimas de trauma, chama-se neurobiologia do trauma. Existem regiões do cérebro que são impactadas pelo trauma e a resposta cerebral consiste na tentativa de equilibrar o corpo após o stress libertando hormonas/produtos químicos. No cérebro a amígdala detecta a ameaça e ativa o hipotalamo para que o HPA aumente a resposta hormonal. Algumas destas hormonas/produtos químicos são as catecolaminas (que condicionam a resposta da vítima que pode ser de luta ou fuga), o cortisol (que vai ser responsável por disponibilizar a energia que esteja disponível), os opioides (que vão minimizar a dor) e a oxitoxina (que promove os bons sentimentos e relaxamento). Assim o HPA aumenta as catecolaminas, no entanto este aumento pode provocar danos na memória e pode ter impacto no pensamento racional, aumenta os opioides o que vai levar a uma alteração da resposta da vítima e diminui os corticosteroides que por sua vez reduzem a energia disponível e impedem o funcionamento da imunidade. Este aumento da resposta hormonal pode desencadear um “desligamento” completo do corpo levando a imobilidade tonica. Esta imobilidade tonica torna-se mais comum em vítimas que são agredidas com frequência. Basta então perceber que a resposta que a vítima terá ao trauma tem influência direta pela resposta cerebral do hipotalamo, assim como os níveis hormonais da vítima. Maior aumento de opioides e oxitocina poderá levar a que a vítima não consiga reagir. Toda esta reposta cerebral também tem efeito na memória, uma vez que as hormonas do stress aumentam bastante o que leva ao funcionamento do hipocampo ficar prejudicado o que motiva uma fragmentação da memória. Esta fragmentação da memória vai levar a uma reativação das memórias relacionadas com a agressão, o que pode levar a disparar flashbacks e agravar o stress pós traumático. As alterações neurobiologicas podem levar a um efeito liso ou a emoções estranhas ou a oscilações emocionais. Assim como podem dificultar bastante a consolidação da memória. Os estudos científicos são claros, cerca de 50% das vítimas de agressão sexual sofrem de imobilidade tônica durante a agressão. 

domingo, 6 de janeiro de 2019








sábado, 5 de janeiro de 2019


https://youtu.be/yz5-pNZ_d7I