O corante azul de toluidina é usado nos exames sexuais para obter a identificação e documentação de lacerações. O corante vai tingir as células escamosas nucleadas em camadas mais profundas da epiderme expostas por lacerações superficiais. Ajuda no aumento da deteção do trauma nas crianças, adolescentes e adultos. Pode ser aplicado com cotonete na área genital posterior, períneo e/ou dobras anais, antes do exame interno digital ou introdução do espéculo. Isto para assegurar que nenhuma lesão é induzida pelo perito. Embora o DNA seja preservado, deve-se tomar cuidado para evitar a entrada do corante no canal vaginal.
A aplicação vaginal do corante deve ocorrer depois da aplicação anal estar completa (se indicado) para evitar qualquer contaminação cruzada. O excesso de corante pode ser retirado com solução de ácido acético a 1% (gel lubrificante). Lesões específicas na forqueta posterior são mais consistentes com trauma por relação sexual recente. O uso do corante de azul toluidina pode ser desnecessário se existe disponível um colposcopio ou se o trauma é visível. As lesões inflamatórias não traumáticas ou lesões infeciosas podem ser positivas. Um resultado negativo é indicado por ausência de coloração. Um resultado positivo indica uma coloração azul dos defeitos da pele A toluidina pode ser útil para iluminar lesões para pessoas não médicas (juiz, júri).
O corante é uma ferramenta que nos diversos estudos realizados tem servido para visualizar as micro lacerações vaginais e rectais que não são visíveis a olho nú. Em Inglaterra diversos estudos indicam que os juízes questionaram os peritos se foi usado o corante no exame genital de crianças suspeitas de abuso sexual, e quando a resposta foi negativa, foi solicitada a realização de novo exame com a utilização do corante e o resultado foi surpreendente, porque surgiram lesões que não tinham sido identificadas o que motivou uma sentença diferente.