quarta-feira, 25 de março de 2020

ENSINAR AS CRIANÇAS PARA A SUA PROTEÇÃO

As crianças por natureza são particularmente vulneráveis para todos os tipos de abuso pela sua dependência nos adultos e pela falta de conhecimento sobre o perigo e autoproteção.
Pelo menos 80% dos casos de abusadores sexuais são conhecidos da criança.  
Os agressores são escolhidos por serem obedientes, submissos e dependentes emocionalmente, autoestima baixa, que sabem pouco sobre sexualidade humanas e são passivos e com medo.
Os abusadores não apresentam aspeto de monstros, eles são normais, bem parecidos e educados.
Eles usam vários métodos para manterem as crianças em silencio: ameaças, chantagem emocional e abuso físico. 
A maioria dos abusadores são homens heterossexuais. 
Estudos demonstram que os abusadores femininos rondam cerca de 20% de abuso para rapazes, e 5% para raparigas.
Em cerca de 30% de casos de abuso sexual, os agressores são adolescentes com mais de 17 anos. 
Pais e professores devem saber que algumas mensagens que são dadas às crianças que podem contribuir para a sua vitimização: os adultos estão sempre certos, um polícia vai levar-te se não te portares bem, dá um beijo ao teu tio.
Ter uma boa comunicação com a criança é a chave importante.
Ensinar às crianças competências interpessoais que são indispensáveis para a segurança e para relações satisfatórias. 
É crucial ouvir cuidadosamente a criança fazer perguntas para obter mais informações, tomar medidas para proteção da criança reportar o incidente à polícia e aos serviços sociais. 
As crianças devem compreender que elas não são culpadas pelo abuso e que elas estiveram bem em falar sobre o assunto.

Esforços para dar ferramentas à criança para prevenção de abuso sexual: 
1.     Preparação para o dia-a-dia
2.     Identificar e responder a situações potencialmente perigosos
3.     Identificar, prevenir e parar o abuso sexual
4.     Procurar ajuda 
Preparar criança para o dia-a-dia:
1.     Respeito pela individualidade. Ajudar a criança a ter orgulho na sua individualidade.
2.     Expressar as suas necessidades e sentimentos, ensinar a criança a reconhecer e aceitar os seus sentimentos, incentivar a criança a falar sobre as suas necessidades e rejeitar propostas indiretas. 
3.     Competências para resolver problemas e tomar decisões. Encorajar a criança a usar estas competências no dia-a-dia, quando é confrontada com situações de desafio.
4.     Respeito próprio e pelos outros. Encorajar as crianças para o respeito próprio e esperar respeito dos outros. 
5.     Respeitar e empatia pelos outros. Ensinar a criança a respeitar e enfatizar com os outros.
6.     Comunicação positiva sobre sexo. Sexualidade, genitais ou a interesse da criança no seu corpo, não deve ser visto como negativo.

Os abusadores sexuais raramente escolhem crianças com autoconfiança, porque elas sabem que é provável a sua vitimização.
As crianças devem prestar atenção, aos sinais corporais que revelam ameaça.

Identificar, prevenir e parar abuso sexual:
·      “o teu corpo é apenas teu”. Ensinar a criança que o seu corpo é seu, e que ninguém deve tocar sem a sua autorização. Zonas privadas do corpo, usar os nomes dos genitais e outras partes do corpo, irão ajudar a criança a compreender o que não pode, e o que pode um adulto fazer quando em contato com ela. 
·      “Toque seguro e não seguro”. Ensinar a criança da diferença entre segurança/apropriado, e inseguro/inapropriado toque. Dizer à criança que não é correto se alguém olha ou toca as suas partes privadas ou pedir para olhar ou tocar nas zonas privadas.
·      “Não, vai e diz”. As crianças devem ser treinadas para dizer: “Não” ao contato físico inapropriado e dizer a um adulto de confiança, assim que seja possível. 
·      “Um mau segredo e um bom segredo”.  Ensinar a criança sobre a diferença entre bom e mau segredo. O segredo é a tática principal do abusador sexual.
·      “O agressor é uma pessoa conhecida”. Para uma criança especialmente os mais novos é difícil compreender que alguém que é conhecido possa abusar dele.
·      “Procurar ajuda”. As crianças devem saber como pedir ajuda e quais os recursos da comunidade.
·      Ter uma comunicação aberta com a criança, construir relacionamentos que tenham como base confiança mútua,



-->