sábado, 7 de agosto de 2010

ETAPAS

Recomenda-se desenvolver as etapas do processo de abordagem da seguinte forma:
1. Por meio de entrevista, recolher os seguintes dados: identificação pessoal (idade, afinidade populacional, religião); antecedentes ginecológicos e obstétricos; relato do ocorrido e identificação do risco de exposição a doenças sexualmente transmissíveis (DST) e gravidez.
2. Em regime ambulatório, deve-se questionar o uso correcto dos anti retrovirais; sintomas de intolerância ou de intoxicação dos ARV; sinais e sintomas de infecção urinária e de gravidez; investigação dos aspectos emocionais, sociais e sexuais; apoiar a família ou pessoa significativa.

Deve-se evitar questões sobre a violência sofrida e/ou sobre a decisão de interrupção legal da gravidez (caso seja vontade da mulher). A entrevista deve ser realizada, utilizando linguagem clara, com perguntas objectivas, respeitando o direito da vitima em responder ou não às perguntas, e em relatar ou não o ocorrido, evitando fazer julgamentos e de ter atitudes preconceituosas.
3. Observar o aspecto físico geral (presença de lesões), emocional e nível de consciência. Algumas vítimas são obrigadas pelo agressor, a usar drogas ilícitas, nesse caso é necessário aguardar que cesse o efeito da droga, antes de proceder ou continuar a entrevista. Os exames (exame físico completo e ginecológico), serão realizados pelo perito. Nos casos de internamento e aborto legal, o enfermeiro deve realizar o exame físico, no momento da evolução da vítima, a cada 24h.
4. Identificar os possíveis diagnósticos e intervenções de enfermagem. Prescrever de acordo com os diagnósticos identificados, para a vítima e familiares/acompanhantes. Fazer as anotações e registo, tendo sempre presente o carácter legal deste documento. É importante letra legível, tendo o cuidado de escrever as palavras: refere, informa, narra, atribui, para que fique claro, que se está a registar o relato da vítima e não as impressões pessoais.