sábado, 7 de agosto de 2010

MORTE NATURAL


A maioria das mortes podem ser certificadas pelo médico de família do indivíduo ou, no mínimo, por um médico que conheça razoavelmente a história clínica do doente e possa determinar a causa de morte. Apesar deste sistema não ser totalmente satisfatório do ponto de vista da fidelidade dos dados estatísticos, temos que nos “contentar” com ele já que não é possível realizar autópsias a todos os cadáveres.
Infelizmente, sem autópsia, a margem de erro relativamente à causa de morte declarada é grande, mesmo quando a informação clínica de que se dispõe é de qualidade. Apesar de não ser possível afirmar que a autópsia é infalível, especialmente quando a morte não é traumática, os erros são obviamente muito menores que os cometidos na ausência desta.

Na área de Lisboa existem 15 000 óbitos por ano, no entanto, apenas 1 500 são autopsiados. Assim, 13 500 não são submetidos a um processo de investigação médico-legal, uma vez que são óbitos de causa natural.
A Morte Natural é uma morte em que não existe intervenção de agentes externos (mecânicos, biológicos, físicos, químicos ou tóxicos) e consiste em qualquer processo patológico (doença, síndroma, ou estado mórbido) que evolui invariavelmente para a morte (mesmo com tratamento adequado).